quarta-feira, 21 de maio de 2008

Curiosidades



  • A montanha de Cézanne

Nos últimos anos de vida, Cézanne trabalhou obsessivamente os mesmos temas. A montanha de Sainte-Victoire, por exemplo, foi uma das paisagens mais pintadas por ele. Ao todo, são cerca de oitenta trabalhos - entres telas e desenhos - do mesmo cenário.



  • Milhões de dólares

Os quadros de Cézanne estão hoje entre os mais valiosos do mundo. Em novembro do ano passado, a tela "Natureza Morta com Frutas e Vaso de Gengibre", de 1895, foi vendida em leilão por 36,9 milhões de dólares.


  • "Seja uma maçã"

Ao pintar modelos vivos, Paul Cézanne submetia-os a horas de total imobilidade. "Por que você se move? Uma maça por acaso se move?", costumava indagar, irritado, quando algum deles ousava se mexer, ainda que levemente, enquanto pintava. "Seja uma maçã", exigia.



  • Pai do cubismo

Quando estourou a guerra entre França e Prússia, em 1970, Cézanne buscou refúgio em L'Estaque, na baía de Marselha, onde pintou vários quadros e para onde voltaria muitas vezes depois. Quase 40 anos mais tarde, o também francês Georges Braque instalou-se no mesmo lugar: pesquisou e explorou os elementos geométricos da paisagem para, radicalizando a experiência de Cézanne, dar origem a algumas das primeiras telas do chamado "cubismo".



  • Tesouro perdido
No início deste ano, um quadro de Paul Cézanne, desaparecido desde 1945, reapareceu na Itália. Trata-se de um trabalho da primeira fase do artista, quando ele, recém-chegado a Paris, ainda copiava quadros clássicos no Louvre. A obra, de pequena dimensão (29 cm x 61 cm) é uma cópia de um grande painel intitulado "Ceia na Casa de Simão" do pintor italiano Paolo Veronese.



  • Em família
A mulher Hortense e o filho Paul foram imortalizadas em várias obras do pintor. Ela, por exemplo, serviu de modelo para o quadro "Madame Cezánne de Vermelho". O garoto posou, entre outras, para a tela "O Arlequim". Nessas duas obras, é nítida a intenção do artista de decompor os retratos humanos em formas geométricas, explicitando volumes e planos, da mesma forma como fazia ao pintar paisagens ou naturezas mortas.

A redenção de um maldito


Na escola, ele tirava notas altas em quase todas as disciplinas, menos em desenho. Mais tarde, por duas vezes, tentou ingressar na Escola de Belas Artes, mas foi reprovado. Seus quadros foram continuamente rejeitados pelo Salão Oficial de Paris. Os críticos da época zombavam de sua obra, recomendando que as mães grávidas não olhassem para ela, sob pena de terem filhos doentes. Mesmo assim, persistiu. "Eu sou um marco", dizia um convicto Paul Cézanne, um dos pais da arte moderna.